Coritiba é derrotado para o Rio Branco, fica na nona colocação e é eliminado do Estadual
É, amigos. O que ninguém esperava que acontecesse, aconteceu. Após uma sequência de resultados desastrosos no Campeonato – quatro derrotas e um empate em cinco jogos -, o Coritiba foi eliminado da competição.
A conta era simples: precisava apenas de um empate contra o Rio Branco neste sábado (15). Se vencesse, ficava entre os quatro primeiros e teria a vantagem de decidir em casa os confrontos mata-mata. SE. Nada disso aconteceu.
O Verdão foi derrotado por 2×1 para o Leão da Estradinha e, com a combinação de resultados das outras partidas, todas no mesmo horário, ficou na nona colocação com 14 pontos, e não avançou para as quartas de final da competição. O Campeonato Paranaense acabou para o Coxa em 2021. O 39° título, mais uma vez, não veio.
Como já havia dito antes, o que preocupa mesmo é a sequência da temporada. O time disputará uma das segundas divisões mais acirradas da história, além de ter o Flamengo em boa fase pela terceira etapa da Copa do Brasil. Precisa contratar, precisa evoluir dentro das quatro linhas, precisa ter raça e correr atrás dos resultados. O torcedor não aguenta mais tanto fiasco. É desanimador!
Claro que o sentimento que fica é de frustração, tristeza e revolta. Foram mais de 30 anos sempre ficando pelo menos entre os quatro melhores do torneio. Desde 1988, o time não fazia uma campanha tão vergonhosa em uma competição tão fraca. Preocupante…
O JOGO
Não queria comentar sobre, mas é inevitável, até para destacar que o técnico Gustavo Morínigo escalou praticamente o melhor time à sua disposição. É importante mencionar aqui nomes como Waguininho, Igor Paixão e Romário, que ou começaram bem e caíram de rendimento, ou sequer mostraram para o que vieram.
Logo no primeiro minuto, houve uma falha da defesa e Pedro Botelho abriu o placar para o Rio Branco. Ali, vimos que não teríamos vida fácil com o time.
O gol sofrido fez o Coxa ir para cima, afinal, a derrota não interessava. O Verdão tentou a todo custo e Willian Farias mandou para a rede aos 13′, obrigando o goleiro a fazer boa defesa. Na cobrança de escanteio, Wellington Carvalho empurrou para o gol, empatando o duelo.
O time alviverde continuava pressionando, mas o gol não saia. No fim da primeira etapa, um lance derradeiro. O meia Val, em uma tentativa de interceptação, acertou a perna do jogador adversário e levou cartão vermelho direto. Que vacilo, Val!
A situação da partida era a seguinte: um lutava por classificação e outro para não ser rebaixado. Com isso, Coritiba e Rio Branco voltaram para o segundo tempo empenhados a vencer e, o jogo, mesmo com o gramado ainda castigado pela chuva, ficou interessante. Com um a menos, Morínigo teve que mexer e sacou Waguininho para a entrada de Johnny Douglas, para tentar repor o meio de campo.
Aos 5′, Léo Gamalho quase marcou de cabeça, mas a bola foi para fora. Não era mesmo o dia do atacante, que tentou, tentou, mas não conseguiu marcar o dele.
O ditado “quem não faz, leva”, nunca foi tão útil. Aos 21′, quem marcou foi o Rio Branco com Marcelinho, em saída errada do goleiro Wilson. Era tudo que eles queriam.
O time da casa começou a amarrar o jogo. Era gandula atrasando bola, era jogador caído gastando tempo… porém, nada disso pode ser usado como desculpa. O Coxa teve tempo suficiente e chances suficientes para, ao menos, conseguir o empate. Nos minutos finais, até Wilson foi para a área (até porque se levasse mais um gol, não faria diferença)… O arqueiro quis relembrar o jogo contra o mesmo Rio Branco, quando marcou um gol de empate, em 2016, pelo mesmo campeonato. Desta vez, não aconteceu. O árbitro apitou, o Coritiba perdeu, os resultados não ajudaram e a classificação ficou para trás.
Agora, o que resta é preparar a equipe para as competições nacionais. O Coxa estreia na série B no próximo dia 28, contra o Avaí. Em seguida, enfrenta o Flamengo no dia 02/06, pela terceira fase da Copa do Brasil. Serão 13 dias de trabalho, de corrigir os erros e de tentar entender o que vem dando errado…
Não tem explicação para o que aconteceu. Queremos respostas sim, mas dentro de campo. A esperança que voltamos a ter com essa mudança de gestão voltou a ser ameaçada, e a luta por tempos melhores continua difícil de vencer nos lados do Alto da Glória…
SEGUIMOS!
Por Viviane Mendes, coxa doida de coração.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.
