Em casa, com um time absurdamente ridículo, Santos perde clássico e se complica no Campeonato Paulista
“Sem horas e cenouras”, domingo foi dia de Oscar, aquele prêmio chiquetérrimo que enaltece o cinema mundial. Falar em Oscar é lembrar de glamour, tapete vermelho, ostentação, fama, e… o que tem a ver com o Santos? Nada, a não ser por ver estrelas com os nomes de Luiz Felipe e Vladimir na apresentação da escalação, três tipos de medo e um leve arrepio na espinha foi a sensação, seria trágica (se não fosse cômica) a comparação com a festividade.
Na noite deste domingo (25), o Santos recebeu na Vila Belmiro o Corinthians, em partida válida pela oitava rodada do Paulistão. O embate acabou em derrota por 2×0. O Alvinegro Praiano segue na segunda colocação do grupo D, com míseros nove pontos conquistados. Toda a minha solidariedade a cada torcedor que segue sofrendo com este time.
O jogo:
Time misto já parece vago demais para definir o elenco em campo. Gosto da ideia de testar e, principalmente, botar a molecada para correr, visto que temos um plantel limitado, a dúvida ficou pela ausência de Ângelo, que na sexta-feira (23), pouco jogou e na terça-feira (27), não deve ser titular.
Com quase 7 minutos de jogo, veio o primeiro susto. Vladimir saiu mal (como sempre) e deu a Mosquito (um inseticida, por favor?), a oportunidade de marcar. Então, começou a atuação cinematográfica do meu elenco, via-se mais jogadores de branco deitados que em pé. Bruno Marques, provavelmente no terceiro “tombo” do atacante, foi substituído por Renyer antes dos 20’.
O Santos não conseguiu se encontrar em campo e seguiu sofrendo na tentativa de acertar qualquer coisa. Raul abriu o placar para os Gambás aos 37 minutos, depois de uma cobrança de falta e boa defesa do goleiro santista. Não vou dizer que minha paixão por goleiro se estende à este, mas desta vez não posso culpá-lo pelo gol sofrido.
No finalzinho do primeiro tempo, Wellington Tim foi expulso por fazer falta em Gustavo Silva. O zagueiro já havia tomado um cartão amarelo minutos antes, e pouquíssimo tempo depois o adversário ampliou com Lucas Piton cobrando falta. Nem nos meus piores pesadelos imaginei que meu domingo seria desta forma.
Para a segunda etapa Ariel trocou Lucas Lourenço por Jhonnathan. Com um a mais era de se esperar pressão do time visitante, e ela veio, menor do que esperava, mas veio. Isto não animou o time santista, que seguiu bem murchinho em campo. Acho que aquele feijão que patrocina os meninos não é lá essas coisas não, faltou ferro (em todos os sentidos!). Mais alguns minutos de sofrimento, um susto aquilo e acolá e fim de papo na Vila, e o Oscar de mais trouxa vai para mim mesma por ter assistido esse espetáculo catastrófico.
Na próxima rodada, o Peixe enfrenta o Red Bull Bragantino, fora de casa, no sábado (30). Antes disto, o desespero será pela Libertadores contra o Boca Juniors, na Argentina, terça-feira (27). Seguimos.
Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.
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