LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ VOLTA POR CIMA: MUITO PRAZER, ARENA FONTE NOVA!

Conheça a história de renascimento da casa do Esporte Clube Bahia

Em 2010 foi abaixo o antigo estádio Octávio Mangabeira, casa do futebol baiano. A implosão daria início a construção da Arena Fonte Nova, tentando apagar traços de uma tragédia sentida até hoje pelos torcedores tricolores…

No dia 25 de novembro de 2007 mais de 60 mil vozes faziam ecoar pelo estado, o nome do Tricolor de Aço. O estádio estava tomado pela sinergia dos tricolores, que contavam os segundos para ressurgir no futebol, no duelo diante do Vila Nova pela série C. O clima era todo do Bahia, os trios já estavam prontos para circular pelas ruas da cidade, os torcedores chegavam aos montes para acompanhar, as arquibancadas pulsavam… até que aos 35 minutos a alegria deu espaço ao medo.

Parte do anel superior do antigo estádio ruiu, abrindo um grande buraco na arquibancada. Dezenas de pessoas ficaram feridas. Sete perderam a vida, 6 na hora.

Assim, chegava ao fim a história do antigo templo, sem a festa programada e com uma mancha eterna. O estádio daria lugar a uma moderna Arena padrão FIFA e palco da Copa do Mundo de 2014. Tudo remodelado e repensado, restando apenas o formato de ferradura voltado para o Dique de Tororó.

Jader Landerson, sobrevivente da tragédia, que chegou a ficar 10 dias em coma, venceu toda dor e se reencontrou com o Bahia, em sua casa 10 anos depois, no triunfo do time diante do Santos, por 3 a 1, em 2017. Sentiu a falta dos companheiros Júnior e Jadson, amigos de infância que não sobreviveram ao acidente. Os dois, estavam e sempre estarão imortalizados na história do clube e de Jader.

NOVA CASA, NOVAS HISTÓRIAS

Os custos da obra giraram em torno de R$700 milhões, contando com cerca de 50 mil lugares, todos os assentos cobertos, distribuídos em três níveis de arquibancadas. A grande reinauguração aconteceu no dia 7 de abril de 2013, com o maior clássico do estado: o Ba-Vi. No placar uma derrota por goleada.

Da antiga casa, ficou o recorde de 110.438 pessoas presentes na virada por 2 a 1  diante do Fluminense, pela semi-final do Brasileirão de 88, o qual o Tricolor Baiano seria o grande campeão. Pouco perto da Nação Tricolor, considerada de ouro pela CBF.

O renascimento da Fonte Nova foi também o renascimento do Esquadrão de Aço, não à toa o primeiro título veio logo em 2015, ao atropelar o Vitória da Conquista por 6 a 0, na final do Baianão. 

O maior artilheiro é nosso: Edigar Junio, com 27 gols marcados no templo baiano. Gilberto, vem na cola com 23 gols anotados no estádio.

Foi também na nova Arena, que o Bahia conquistou o Nordeste pela primeira vez. Diante de mais de 41 mil espectadores, 15 anos depois, finalmente o Bahêa venceu a Copa do Nordeste ao derrotar o Sport por 1 a 0, com gol do certeiro Edigar Junio.

Em 2013, o estádio foi uma das seis sedes da Copa das Confederações. Já em 2014, a Arena Fonte Nova recebeu seis jogos do Mundial, e também abrigou as Olimpíadas de 2016 e a Copa América de 2019, além de, em 2020, vestir a camisa do combate ao covid-19 e atuar como hospital de campanha. Foi assim, que o Bahia ficou 8 meses longe de casa, atuando em Pituaçu.

Nas dependências do estádio, está localizado o Museu do Bahia, que ainda não foi inaugurado, mas será o primeiro do estado dedicado a um clube. Outro “programa” extra aos jogos de futebol é o tour oferecido no estádio, para quem quiser conhecer sua estrutura.

O Bahia traz as cores, a cara e o nome da Bahia, sendo expoente e precursor do futebol no estado. O primeiro de muitos, a frente de outros tantos é símbolo de raça e tradição, e sabe colocar para cima sua torcida, como poucos. BBMP! Mostrando sempre sua força, na casa que por direito é tua! E não fique aperreado não, logo a Nação Tricolor de Aço estará de volta!

por Mariana Alves, dedicado a melhor tricolor de todas, Thamires Barbosa, parceira de futebol e resenhas!

Fonte: Globo Esporte e UOL

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.