Peixe abre vantagem, cede o empate e por pouco não morre na praia
Hoje (14/04), é o aniversário do amor da minha vida e o presente veio depois de um sufoco, porque se não for para quase matar sua meia dúzia de torcedores, o Santos nem entra em campo. Na noite desta terça-feira (13), o alvinegro enfrentou o San Lorenzo no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela terceira fase da Copa Libertadores. A classificação, vista como “certa”, quase foi por água abaixo diante de um empate. Marcos Leonardo e Pará marcaram para o Peixe e Di Santo e Ángel Romero descontaram para o El Ciclón. Morri, mas passo bem!
Com mudanças no mínimo questionáveis, Ariel montou um Santos diferente para a partida decisiva. Pará improvisado na lateral esquerda e Felipe Jonatan no meio campo prendeu o time que parecia não conseguir sair do lugar. O placar estava a nosso favor, a noite parecia tranquila quando Esteban Ostojich apitou pela primeira vez. Era só manter, precisava nem de gols para se classificar, mas claro que não seria fácil, né?
Marcos Leonardo abriu o placar aos 21 minutos, totalmente sem ângulo para chutar. Inacreditável como esse time me ilude! Em um minuto, todos perdidos em campo igual barata depois de uma chinelada mal dada, no minuto seguinte arrancam num contra ataque e fazem um gol. Será que finalmente terei uma noite de paz? Ledo engano (rindo de desespero). A partida seguiu na mesma pegada, quem precisa de gol que corra atrás.
Voltamos para a segunda etapa ainda sem mudanças na escalação. Algo de errado não estava certo. Não demorou muito para seguir a chuva de cartão amarelo e, aos cinco minutos, já estávamos em maior número em campo. Rojas recebeu vermelho depois de fazer falta em Marinho. Soteldo e o próprio camisa onze tentaram ampliar, mas foi Pará quem marcou o segundo do Peixe, com onze minutos de bola rolando.
Não deu tempo nem de comemorar. Di Santo deu início a reação argentina ao marcar, dois minutos depois do gol santista. Após cobrança de escanteio, o camisa 9 subiu mais que Luan Peres e mandou para o fundo das redes. Posso defender meu goleiro, não é?
Como criança birrenta, Marinho saiu pisando duro ao ser substituído e recusou o cumprimento do técnico ao passar por ele, porém, mais tarde se desculpou pelo gesto. Lucas Braga, que não tinha nada a ver com a história, entrou na intenção de também deixar o dele. Parecia ainda estar tudo bem, apesar de todos os erros da noite, mas ela estava longe de acabar…
Aos 32’, Romero marcou o segundo dos visitantes sem chances para o goleiro santista. João Paulo salvou o alvinegro várias vezes antes do árbitro finalmente apitar pela última vez, mas neste momento não fez nada além de ir buscar a bola no fundo das redes. O adversário seguiu buscando os gols que faltavam para se classificar, por aqui seguimos prendendo a respiração toda hora que a bola chegava na área. Fim de papo, classificados e (quase) infartados.
Pausa na Liberta para focar no Campeonato Paulista, que por sinal está bem abaixo do esperado. Na segunda colocação do grupo D com apenas seis pontos conquistados, o Peixe enfrenta a Ponte Preta na próxima sexta-feira (16), às 20h (de Brasília), no Moisés Lucarelli e no domingo (18), recebe a Inter de Limeira na Vila Belmiro. Seguimos.
Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.
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