Desde a sua fundação, o alviverde cativa torcedores, que são o real motivo do clube permanecer fazendo futebol no interior do Estado
Juventude foi fundado por um grupo de 35 jovens em 1913
(Foto: Divulgação/E.C. Juventude)
São 107 anos de paixão verde e branca. De tristezas e alegrias. De vitórias e derrotas. De disputas estaduais, nacionais, e até mundiais. De muito orgulho para os torcedores. De conquistas. De puro amor. São 107 de Juventude.
Talvez, seja com esse misto de sentimentos que o torcedor descreva o seu amor pelo clube de Caxias do Sul. Uns, o amam desde a infância, com a influência de algum parente ou amigo. Outros, aprenderam a amá-lo depois de crescidos, sentindo a emoção ao pisar pela primeira vez no Estádio Alfredo Jaconi.
São muitos os torcedores, os que amam, os que priorizam, os que gastam o que não devem para acompanhar aonde for, os que lutam para ajudar o clube, seja como for. São muitos os que estão ali na boa ou na ruim.
E são todos esses, nas mais diferentes formas de torcer, que mantém o clube vivo. Aquele, fundado há 107 anos por um grupo de 35 jovens. Que, ouso dizer, jamais imaginavam que o Juventude seria capaz de cativar tantos torcedores.
Entre as conquistas, a Copa do Brasil, em 1999
(Foto: Divulgação/E.C. Juventude)
No dia do aniversário do Ju, como é tratado pelos torcedores, busquei declarações de amor dos alviverdes nas redes sociais. Tem ex-atleta, atleta, torcedor jovem, torcedora jovem, torcedor idoso, torcedora idosa, caxiense, morador de outras cidades, loiro, moreno, careca, cabeludo. Tem de tudo, mas, especialmente, tem muito amor e saudade.
São mais de 100 dias longe do Alfredo Jaconi, um sofrimento para o torcedor apaixonado, aquele que vai para o pré-jogo, faz o seu churrasco, bebe a sua cervejinha, cancela compromissos, assiste, vibra, torce e canta. Neste ano, também não foi possível realizar a tradicional festa de aniversário do clube que reúne muitos apaixonados. Para manter a comemoração, terá uma live, a partir das 21h, no canal do Youtube do Ju.
Tenho a mais absoluta certeza que, mesmo distante, mesmo com saudade, mesmo nas adversidades, o torcedor sente (e muita) saudade de tudo que o Juventude lhe proporciona. São muitos os que conheceram seus melhores amigos na bancada, tem até os que encontraram o grande amor de sua vida no Alfredo Jaconi. Tem também aqueles que fazem questão de manter o sentimento ativo na família, incentivo às novas gerações a entenderem que o futebol não só um mero esporte e que o Juventude só não é mais uma opção. Certamente, é por todos os esses, citados ou não neste singelo texto, que ainda virão muitos anos, muitas comemorações, conquistas, lágrimas (de alegria ou tristeza), vitórias, jogos e, acima de tudo, muito amor.
Aproveito o espaço para parabenizar o Juventude. Reconheço que fazer futebol no interior não é para qualquer um, longe disso. Sobreviver 107 anos, lutando contra os grandes, é para poucos. E, assim, finalizo desejando força a todos que (sobre)vivem fazendo futebol no interior. O interior vive, resiste e estará sempre aí mostrando a todos que está longe de ser só futebol.
Por: Carol Freitas, pelo futebol do interior.
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo
