Fonte: @gloriasdobahea
Em pleno sabadão à tarde, tomei conta da sala de casa. Sentei em frente a TV e chamei a família toda para vivenciar outra vez o histórico Bahia vs Fluminense em 1988. Nunca pensei viver tal emoção. Nunca pensei que iria às lágrimas com tal façanha do meu Esquadrão. Eu, que nem sonhava em nascer naquele ano, pude, depois de 32 anos, sentir o que a nação tricolor sentiu naquele dia. Foi algo surreal, uma emoção diferente das outras que eu já senti. Reviver aquela partida foi algo mágico. Ver aquele timaço em campo então, nem se fale… Foi impossível conter o choro.
Professor Evaristo de Macedo mandou a campo a seguinte formação do tricolor Baiano:
Fonte: @ecbahia
Com uma formação dessa, seria difícil o Fluminense conseguir marcar gol no Esquadrão, né? Errado! O nervoso começou logo após o apito inicial, quando o time carioca foi ao ataque e conseguiu abrir o placar na nossa casa. Como estava ainda nos primeiros minutos, a nação tricolor sabia que o time podia conseguir a virada, tanto que Zé Carlos falou também sobre a torcida:
“Quando a gente atacava para o lado da torcida, ia junto com a torcida” (Referindo-se as organizadas que ficavam ali atrás do gol que fica localizado na direção do placar).
Tanto afinco e sangue de triunfo logo resultaram no gol de empate, que foi marcado ainda antes do intervalo por Bobô, um baita nome naquela época do nosso Esquadrão de Aço.
“Para mim foi o melhor jogo do Bahia. Ali tivemos a certeza que seríamos campeões” – Bobô
A Brocada veio mesmo no segundo tempo, quando Gil Sergipano estufou as redes do time adversário e levou o pessoal da arquibancada e também os que estavam fora do estádio à loucura.
“Quando o time entrou no gramado já era possível perceber a vibração. Foi assustador. Tinha gente sentada na saída do túnel. A gente precisava pedir licença para passar. Ali eu vi o tamanho da paixão da torcida pelo clube” – Bobô
Fonte: @ecbahia
Inesquecível! Essa é a palavra que define aquela semifinal. Mal sabíamos nós que, duas partidas depois, nosso amado Tricolor se consagraria BI-CAMPEÃO BRASILEIRO! E além disso, a América nos aguardava para ver em seus gramados o desfile dos nossos craques.
O futebol é realmente fenomenal. E eu encho sim a boca para falar: Como É Lindo Ser BAHÊA!
Era não só o Bahia, mas também o Nordeste sendo protagonista dentro desse Brasil de meu Deus.
Por Adriene Domingos